Entre o nevoeiro de vergonha e medo,
Surge um esbelto palco corroído,
Ao centro, umas imponentes cortinas vermelhas,
Que se abrem, Silêncio na plateia, inicia-se o enredo.
Num grande campo de esmeraldas e trigo,
Dançam duas personagens extasiadas,
Cobertas de um eterno romance-torpedo,
Em que nada acontece, exceto estar contigo.
Rápido se dissipa, aquilo que foi segredo,
Fim do primeiro acto, meu amigo.
Seria de esperar, tragédia (nem que por cortesia),
Ou aclamar mais acção no estranho enredo,
Mas não… Tudo se resume a uma foça que vicia,
Em que a mente se ajoelha perante a alegria,
Um aperto inexplorado, o amor cega neste teatro,
Sempre que um espectador se sente reconfortado.
E assim acaba, nas esmeraldas um sentimento macabro,
Fruto da dança do trigo, um ritual antigo e abstrato,
O ritual de estar apaixonado,
Fim do segundo acto.
Edgar Sacadura – uma lenta (R)evolução
Visitem a minha página no facebook Poemas e poetas da rua
www.facebook.com/poemasepoetasdarua
Surge um esbelto palco corroído,
Ao centro, umas imponentes cortinas vermelhas,
Que se abrem, Silêncio na plateia, inicia-se o enredo.
Num grande campo de esmeraldas e trigo,
Dançam duas personagens extasiadas,
Cobertas de um eterno romance-torpedo,
Em que nada acontece, exceto estar contigo.
Rápido se dissipa, aquilo que foi segredo,
Fim do primeiro acto, meu amigo.
Seria de esperar, tragédia (nem que por cortesia),
Ou aclamar mais acção no estranho enredo,
Mas não… Tudo se resume a uma foça que vicia,
Em que a mente se ajoelha perante a alegria,
Um aperto inexplorado, o amor cega neste teatro,
Sempre que um espectador se sente reconfortado.
E assim acaba, nas esmeraldas um sentimento macabro,
Fruto da dança do trigo, um ritual antigo e abstrato,
O ritual de estar apaixonado,
Fim do segundo acto.
Edgar Sacadura – uma lenta (R)evolução
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Teatro incompleto
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terça-feira, dezembro 03, 2013
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